A 44ª Festa de São Pedro reforça a tradição e cultura ribeirinha de VG
Fotos Matheus Guimarães
Neste fim de semana, a comunidade ribeirinha do Distrito de Bonsucesso, em Várzea Grande, realizou a 44ª edição da tradicional Festa de São Pedro, padroeiro dos pescadores. O evento é um dos mais antigos e representativos da cidade, celebrando a fé popular, os costumes locais e a cultura ribeirinha que molda a identidade da região.
O evento teve o apoio da prefeitura de Várzea Grande, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Turismo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, além da Guarda Municipal, a festa movimenta moradores e visitantes com uma programação diversificada e de forte apelo cultural.
Este ano, uma novidade importante foi a inclusão de um momento evangélico na véspera da festa, celebrando a palavra de Deus com louvores e orações. “A fé une, não separa. A religião não salva ninguém sozinha. O que salva é o amor ao próximo. E essa festa mostrou isso”, afirma Gika.
UNIÃO – Um dos momentos mais simbólicos da festa foi o almoço comunitário gratuito, servido a todos os visitantes. Foram preparadas 4 toneladas de peixe, 50 pacotes de arroz de 5 kg, 70 fardos de óleo com 6 litros cada e uma grande quantidade de salada com produtos da própria região. Tudo preparado com a força dos voluntários e com o apoio da comunidade.
Para Lourdes Carmen de Lima, que pela primeira vez foi voluntária, a emoção foi única. “Sempre vim para festejar. Este ano vim para ajudar. Estou feliz, de alma lavada. Quem conhece Bonsucesso sabe que isso aqui é abençoado por Deus”, declarou.
O pescador Osvaldo Catarino da Rosa, que há mais de 40 anos participa da festa, também fez questão de ajudar a fritar o peixe. “Minha vida toda foi pescando. Mesmo com as dificuldades hoje, eu quero estar aqui. É minha história, minha gente”, disse.
E para dona Maria do Carmo, de 83 anos, a festa é missão de vida. “Minha tia me passou a responsabilidade de carregar São Pedro. Ele fica na minha casa. Eu tremo, mas venho. Isso é promessa, é devoção”, contou, emocionada ao esperar a procissão com o andor em mãos.