Em Sorriso, funcionários recebiam até R$ 4,4 mil de salários e não iam trabalhar

O Ministério Público de Mato Grosso denunciou sete servidores, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, por receberem salários sem trabalhar para o município. Segundo o MP, o prejuízo para os cofres públicos foi de quase R$ 600 mil. O MP concluiu que essas sete pessoas não trabalhavam para a cooperativa mas recebiam salários, de outubro de 2019 até maio deste ano. O salário de cada servidor fantasma variava de R$ 3,2 mil a R$ 4,4 mil por mês.

Segundo as investigações, o servidor da secretaria que era fiscal do contrato destinou para a esposa e o pai salários sem que eles trabalhassem.

A promotora solicitou ao juiz a indisponibilidade de bens de todos os denunciados que, juntas, representam R$ 1,7 milhão, sendo do ex-secretário em R$ 573 mil, do ex-fiscal de contratos no mesmo valor e os demais dos valores que receberam sem trabalhar.

O ex-secretário Ednilson de Lima Oliveira disse por meio de nota que não foi notificado pela Justiça para defesa no processo e que durante o inquérito civil do Ministério Público já apresentou documentação que comprova a inocência dele. Segundo Ednilson Oliveira, nos documentos da investigação restaram dúvidas sobre a autenticidade da assinatura dele e que os documentos foram para perícia forense grafotécnica e aguarda o resultado.

O procurador jurídico da Prefeitura de Sorriso, Daniel Melo, disse que os servidores já foram afastados dos cargos.