Leo Pinheiro
Neste domingo, às 19h30, o clássico Fla x Flu será mais do que um confronto entre gigantes do futebol carioca: o primeiro jogo entre os times após o Mundial de Clubes marcará também a celebração oficial de um feito histórico. O Clube de Regatas do Flamengo foi reconhecido como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A conquista simbólica veio com a sanção da Lei nº 10.888 pelo governador Cláudio Castro, publicada no Diário Oficial na última quinta-feira, dia 17.
A iniciativa é fruto do Projeto de Lei 2.468/23, de autoria da deputada estadual Verônica Lima, aprovado no fim de junho pela Assembleia Legislativa do Rio. A proposta ressalta o papel fundamental do clube na formação da identidade cultural do povo carioca e brasileiro, reconhecendo a influência do Flamengo para além dos gramados, como expressão de um fenômeno sociocultural.
Para a autora da proposta, o futebol é muito mais do que entretenimento. “O futebol é coisa muito séria; é uma cadeia produtiva que impacta positivamente a economia do nosso país e do estado. E o Clube de Regatas do Flamengo é o time brasileiro que mais faz a alegria do povo”, declarou Verônica Lima em nota publicada no site da Alerj. Ela destaca que o reconhecimento visa valorizar essa força popular e histórica.
Prestes a completar 130 anos de existência — em 15 de novembro — o Flamengo se consolidou como um dos clubes mais vitoriosos do país e detentor da maior torcida do Brasil e do mundo. A sua trajetória é marcada por títulos emblemáticos, ídolos inesquecíveis e um vínculo afetivo profundo com o povo, o que torna a sanção da nova lei uma homenagem à paixão de milhões de torcedores.
Flamengo, samba e carnaval
Agora, oficialmente parte do patrimônio cultural do estado, o Flamengo — único time do Rio a receber a honraria — se junta a ícones como o samba, o carnaval e o jongo, também reconhecidos como bens imateriais do estado. Embora a lei não traga benefícios financeiros diretos, ela reforça a força institucional e simbólica do clube e abre portas para futuras iniciativas de preservação da memória esportiva do Rio.
O clássico deste domingo, portanto, não será apenas uma disputa por pontos no Campeonato Brasileiro; será também um tributo à história viva do Flamengo e à sua contribuição inestimável para a cultura popular. No Maracanã, palco de tantas glórias, rubro-negros e tricolores dividirão não só a arquibancada, mas um momento marcante na relação entre futebol, identidade e história no Estado do Rio de Janeiro.