Se consumada a junção entre MDB, PL e PP e nível nacional, o vereador de Cuiabá, Rafael Ranali (PL), afirmou ser “soldado” do partido e que irá cumprir as decisões nacionais do PL, para todos os estados, nas eleições de 2026. “Eu quero voto na cumbuca, antes estarem do nosso lado do que do lado de lá”, justificou o vereador, ao ser questionado sobre as negociações do PL e MDB regional, numa eventual aliança para disputar o governo estadual e as vagas na Câmara de Deputado Federal e Senado.
A questão mato-grossense esbarra na junção entre as duas siglas, MDB de esquerda e PL de direita, que polarizam a política, principalmente, com o eleitorado nas cidades do interior. No caso da aliança, Ranali admitiu pedir votos para Janaina Riva do MDB, numa eventual disputa ao governo ou ao Senado. “Não dá para negar o tamanho político da deputada Janaina, mulher que agrega outros votos, que provavelmente, o PL não terá, mas isso são especulações por enquanto”, amenizou o parlamentar.
Conforme o vereador, a principal questão, envolve o governador Mauro Mendes (União Brasil), como a maior expressão política, que está sob expectativas reais de receber o maior apoio do PL ao Senado. Além disso, o PL avalia manter a reeleição do atual deputado federal, José Medeiros do PL, que também pretende individualmente, voltar a disputar uma vaga ao Senado.
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL) tem afirmando publicamente ser contra aproximação com o MDB, principalmente, por rejeitar o nome de Janaina Riva do MDB.
“Hoje o nosso candidato é o senador Welington. Mas o que uns querem aqui no PL não é só a Janaina é ter o governador Mauro Mendes, como parceiro de chapa ao lado de Medeiros”, afirmou.
O presidente do PL regional Ananias assegurou que a realidade do PL é pela eleição de Zé Medeiros. Conforme ele, o PL trabalha com mais de 35 candidaturas a deputado estadual e outras 20 para deputado federal. Pelos seus cálculos, a sigla tem condições reais de eleger três deputados federais e até seis deputados estaduais por Mato Grosso.
Junção partidária
Federações e fusões são modelos distintos de aliança partidária. Mas, em resumo, elas servem para que as legendas somem forças e números. O desejo do PL é se tornar o protagonista na construção de uma candidatura de referência como é o União Brasil em Mato Grosso e o MDB na condição de coadjuvante.
Para as federações e fusões, a distribuição de cadeiras nas câmaras municipais, na Câmara dos Deputados e nas assembleias estaduais levam em conta a soma dos votos dos partidos envolvidos. Mas, tudo isso vai ser discutido na hora certa, que é 2026.