Prefeitos apoiam austeridade do governo, mas questionam investimentos na saúde das regiões norte e sul

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O prefeito de Cáceres, Francis Maris Cruz (PSDB) manifestou apoio ao governo Mauro Mendes (DEM), que completa 100 dias, nesta terça-feira (9) e, que nos últimos meses, implantou o regime de austeridade para controlar as despesas e receita estadual, com objetivo de retomar os investimentos no Estado. A saúde é uma das preocupações do prefeito, que tem um hospital regional para atender pacientes dos 21 municípios, que congregam a grande Cáceres, além de estados vizinhos. “Esperamos que ele possa fazer métricas de medições para avaliar, por exemplo, porque que o governo investe mais no Hospital Regional de Rondonópolis, em detrimento ao Hospital Regional de Cáceres, que recebe um grande número de pacientes”, questionou o prefeito.

Francis foi um dos prefeitos que participou do Fórum dos Prefeitos com o governador, na semana passada, no qual, o governador apresentou suas ações e metas para administrar Mato Grosso.

O prefeito afirmou que é preciso ter essa meritrocacia, planejar e identificar onde tem os desperdícios ou desvios e cortar, mesmo que doa e haja influencias políticas, em favor dos apadrinhados. “Mas precisa ser feito para termos recursos em caixa e investir nas áreas necessárias”, disse Francis.

Além da saúde, o prefeito elencou como urgência, a obra de asfalto ligando o município a Barra do Bugres pela MT- 343, que já passou pelas três últimas gestões e agora está sob o governo Mendes. Outra prioridade diz respeito à conclusão da Zona de Processamento e Exportação (ZPE), que tem sido debatido há mais de trinta anos e a conclusão de uma escola técnica estadual, que está com 90% pronta, mas está com a obra parada.

Altir Peruzzo (PT) de Juína, na região noroeste do Estado, observou gastos excessivos em hospitais regionais na região norte, onde segundo o prefeito, existem quatro unidades hospitalares, enquanto no noroeste, nenhuma unidade. “Acabamos bancando os atendimentos de média complexidade que é de responsabilidade do Estado. O Governo precisa avaliar os gargalos dos regionais e compensar os hospitais municipais, que são referências na saúde em diversas regiões de Mato Grosso”, afirmou o prefeito.

Ele espera também, que o governo Mauro Mendes redimensione os recursos estaduais, como o ICMS numa forma igualitária, entre os municípios para reduzir as “ilhas” de prosperidade e de pobreza. “Nas regiões do agronegócio existe a prosperidade e em região aonde o relevo não ajuda, observamos a distribuição do ICMS diferenciado. O Estado deve ter um olhar para essas desigualdades. O governo precisa promover o desenvolvimento igualitário dos recursos”, avaliou.

 

 

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