Tempo seco e baixa umidade causa superlotação nas unidades de saúde de VG

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Unidades de saúde de Várzea Grande entre as de Estratégia Saúde da Família (ESF), Unidade de Pronto Atendimento (Upa) IPASE e Cristo Rei, Unidades básicas de Saúde (UBS) e os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), atenderam 95.807 pessoas, nos 22 dias do mês de agosto. A média diária foi de 4.355 pessoas atendidas. A situação provocou superlotação nas unidades. Causas principais foram as altas temperaturas e baixa umidade do ar que potencializaram o aumento de doenças respiratórias e o risco cardíaco, principalmente, para pessoas que já possuem alguma comorbidade.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu diversos alertas para a onda de calor com temperaturas 5º graus acima da média e umidade relativa do ar entre 20% e 12%, com riscos de incêndios florestais e a necessidade de consumo de bastante líquido (água), além de evitar a exposição ao sol.

O secretário municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, explica que a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu que a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%. “Por isso, quando o índice fica entre 20% e 12%, como é o nosso caso aqui em Várzea Grande e no Estado de Mato Grosso em muitos municípios, é decretado o estado de atenção”, disse ele.

Ainda de acordo com o secretário, a baixa umidade requer cuidados especiais, que valem principalmente para as pessoas que possuem sintomas de doenças respiratórias e condições ligadas ao coração. Fatores como idade e comorbidade podem contribuir para o agravamento de doenças respiratórias, em crianças e idosos também.

“Na Upa do IPASE, nestes 22 dias atendemos 38.353 pessoas, com média diária de 1.743 pessoas, sendo que estes números dobram no início a início das semanas, por exemplo, em uma segunda-feira esta média sobe 5.769 pessoas atendidas em um só dia, nas terças a média praticamente se mantém e no domingo ainda atendemos uma alta demanda de 2.151 pessoas. Estou citando só a Upa do IPASE, com estes dados. E podemos também analisar que uma grande maioria procura a unidade por problemas respiratórios, alérgicos, rinites, sinusites, doenças que se agravam em clima muito seco”, disse ele.

No olhar dos dados de atendimentos da Upa do Cristo Rei, praticamente os números de atendimentos se assemelham.

“Nestes 22 dias, a unidade da Upa do Cristo Rei atendeu, 21 .574 pessoas, com média/dia de 981 pessoas atendidas. As Unidades Básicas que somam 22 e mais as de Atenção Psicossocial, atenderam 35.880, o que dá uma média diária de 2.243 pessoas/dia, buscando atendimento nestas unidades. É lógico que o calor interfere, no aumento, visto que as doenças respiratórias em crianças e idosos, predominam os atendimentos, fora as pessoas que já possuem alguma comorbidade”, disse ele.

A Saúde Pública de Várzea Grande faz o alerta a população em geral, principalmente as que têm em casa pessoas que possuem comorbidades, como diabetes, doenças crônicas, cardiológicas, idosos e crianças para que redobrem os cuidados e busquem a hidratação.

“Sugerimos que os familiares prestem atenção e controlem os que tem as doenças crônicas, com medicamentos necessários e, beber muita água. Os dias quentes desidratam, perde-se a fome. A hidratação ajuda muito neste tempo seco e de calor intenso. O metabolismo necessita de uma grande quantidade de água para seu funcionamento, cuja absorção, vem através da ingestão direta ou de alimentos. A hidratação ajuda na resposta imunológica e dificulta a capacidade de contágio de vírus da gripe e da Covid-19, por exemplo, e ajuda muito quem tem doenças crônicas, alérgicas. Então é importante seguir algumas regras. Vamos beber muita água, usar umidificadores de ar, caso não tiver, colocar toalhas molhadas nos ambientes da casa ou até mesmo recipientes com água. Beber com frequência água. Leve ao trabalho sua água, e beba um pouco a cada 10 e 20 minutos, assim você vai se hidratando. As mães têm o máximo cuidado com as crianças, ofereça água, sucos, o mesmo com familiares que cuidam dos seus idosos”, explicou o secretário Gonçalo Barros.

Gonçalo Barros lembrou que o atual quadro exige ainda maior atenção por parte das autoridades e da própria população e que ele vem mantendo uma fiscalização online de todas as unidades de saúde, com números de atendimentos, dispensação de medicamentos, exames e acompanhamento para que os quadros e doenças respiratórias não evoluam para quadros graves como pneumonia.

Fonte: Gazeta Digital

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