“Nossa estrutura é superior a de outros hospitais da rede privada”, diz médico do HMC

416

OlharDireto/ Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

O médico Felipe Medeiros, diretor clínico do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) Dr. Leony Palma de Carvalho, disse que já teve experiências em hospitais privados e públicos, inclusive no Estado de Minas Gerais, e que o HMC tem estrutura superior a de vários hospitais que conheceu, mesmo os particulares.
O HMC já teve três etapas inauguradas e ainda aguarda a última, que será o pronto atendimento. A unidade já realiza atendimentos, e segundo o diretor Alexandre Beloto, até mesmo os pacientes dizem se sentir como se estivessem sendo tratados em hospital particular.
Já estão em funcionamento o ambulatório com mais de 13 especialidades médicas, 180 leitos clínicos com equipamentos de última geração, farmácia satélite e o parque tecnológico de imagens, com serviços de ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia e radiografia, além de 40 leitos de UTI. A última etapa, do pronto atendimento, deve ser entregue ainda este ano.

“A partir da última etapa ficará disponível também o centro cirúrgico, a urgência e emergência, a parte do Pronto Socorro vai ser transferida para lá. Isto está previsto entre 30 e 45 dias para ser entregue, de acordo com a programação que o prefeito está determinando, junto com uma equipe técnica”, explicou o diretor do HMC, Alexandre Beloto.

A decisão de entregar o HMC em etapas também vem sendo elogiada pelo Ministério da Saúde, que considera a unidade como uma das melhores entidades públicas de saúde em implantação no país, pois segue rigorosamente o cronograma estipulado, observando as legislações e as especificidades de cada setor. Beloto atribui os elogios à magnitude da obra.

“É pela grandiosidade com que está sendo feito este hospital, até pelo atendimento em rede que está sendo feito, uma coisa inédita. Eu sempre falo que o prefeito Emanuel Pinheiro teve a coragem de colocar o dedo na ferida da saúde, fazer a rede de saúde funcionar integrada, tendo o cuidado de abrir por etapas, onde em uma unidade faz o atendimento e em outra se opera com mais facilidade, abrindo as vagas para os pacientes que precisam ser atendidos. Tirou todos os pacientes de corredores, como ele determinou, porque nós estamos absorvendo isso e fazendo operar, girar o leito mais rápido”, disse.

O ambulatório começou a operar com oito especialidades, mas atualmente já está com 15. Segundo o diretor do hospital, já foi feito mais de 4.900 atendimentos, apenas no ambulatório, que geraram 8.900 consultas. A maioria destes atendimentos, aliás, é de pacientes que vêm do interior do Estado. Apesar de que não é encargo da saúde de Cuiabá cuidar da saúde de todo o estado, o novo HMC foi pensado para atender esta demanda que costumeiramente recai sobre a administração da capital.

“Você vê que a rede da regulação está funcionando de acordo, estamos atendendo mais de 103 municípios do Estado aqui no ambulatório, até de outros estados, de Goiânia já veio para cá, de Minas Gerais, tivemos pacientes da Bolívia atendido aqui. Por isso que recebeu este elogio do Ministério da Saúde, porque estão conseguindo fazer a rotatividade funcionar de acordo como deve ser a rede do SUS”.

Todos os trabalhos e aberturas das etapas estão sendo feitos em consonância com o Ministério da Saúde, no intuito de garantir a qualidade do serviço prestado. O médico Felipe Medeiros, diretor clínico na unidade, reforçou que a qualidade do serviço prestado no HMC por vezes é superior ao de hospitais particulares.

“Isso é uma das coisas que eu sempre falo, como eu já trabalhei nos dois serviços, a nossa estrutura é até superior a de outros hospitais da rede privada aqui de Cuiabá. Então toda esta estrutura aqui é uma das coisas que a gente mais tem de importante, porque trabalhar num local assim é fantástico, isso estimula o profissional, faz bem para o paciente, porque ele entra num ambiente desse e já começa a se sentir melhor, vê a estrutura, vê o bom atendimento e o próprio astral do paciente melhora. A estrutura é fantástica, algo que, realmente, nunca vi em hospitais públicos. Sou de Minas Gerais, trabalhei lá, mas nunca vi uma estrutura como essa”, disse.

Quando a unidade estiver funcionando com sua capacidade total, terá 315 leitos ao todo, sendo 178 de adultos, 20 leitos no Centro de Tratamento de Queimados – CTQ, 60 de UTI, 38 de Emergência, 6 salas de cirurgia e 13 leitos RPA (recuperação pós anestesia), além do moderno centro de imagens e o heliponto. A inauguração em etapas foi uma decisão importante, já que não é um trabalho fácil.

“Foi uma experiência desafiadora no começo, pela importância que tem para a cidade de Cuiabá uma estrutura desta, e fazer funcionar era o nosso grande desafio, então o Dr. Alexandre com toda a nossa equipe montou todo um plano de ação, e as pessoas abraçaram a causa, trabalharam em conjunto, para que a estrutura funcionasse. Não é fácil por isso abrimos em etapas, e posteriormente a gente vai fazendo as evoluções, foi até uma recomendação do ministro e da equipe dele, e isso nos ajudou na hora de fazer a logística e o dimensionamento do funcionamento, então cada nova abertura a gente tem uma experiência passada, e implementa as coisas que aprovamos e com as falhas que tivemos e aprendemos conseguimos resolver os problemas”, explicou o médico.

O diretor do HCM, Alexandre Beloto, reforçou que a abertura de um hospital é uma obra de alta complexidade e por isso ainda não é possível avaliar quantos atendimentos simultâneos o HMC poderá realizar.

“Quando se abre uma unidade hospitalar, que é uma das obras mais complexas no Brasil, depois do aeroporto, para fazer a implantação, tem que começar a rodar para criar um histórico, para que seja possível ver. Mas estima-se, em linhas gerais, por exemplo, exame de endoscopia e colonoscopia, já tem uma média de 500 a 800 por mês, exames de imagem, mais de 3 mil a 6 mil exames de imagem, então tudo depende de como vai ser feito o fluxo”.

Outra medida importante desta nova postura do serviço de saúde em Cuiabá é o trabalho em rede. Betolo explicou que os outros hospitais municipais e unidades de saúde atuarão de forma integrada, para evitar que ocorram as superlotações.

“É uma das coisas que o prefeito até falou, que o Samu não pode despejar os pacientes que podem ser atendidos na UPA, com o perfil de lá, e trazer para o Pronto Socorro, porque isso às vezes causa uma superlotação, porque este paciente muitas vezes pode ter um primeiro atendimento em uma UPA, dependendo, se for um acidente que não houve nenhuma lesão mais grave pode ser atendido lá, e não despejar em qualquer unidade, porque o paciente tem que ser tratado com cuidado e respeito, e ter esta atenção especial. E talvez este paciente que é menos grave acabe ocupando leito de um que esteja em estado mais grave”, disse.

Assim que for inaugurada a última etapa do HMC, do pronto atendimento, o antigo Pronto Socorro passará por reformas. Lá, Beloto explicou, o trabalho também será feito por etapas.

“Lá não vai desativar, lá irá continuar o atendimento de pediatria, os leitos de retaguarda de pediatria que tem lá, e a UTI pediátrica. Como o prefeito disse, vai ser feita uma desativação por etapas, para a reforma do primeiro e do terceiro andar, isso tudo de acordo com o Ministério da Saúde, tudo feito com projeto, porque não se consegue fazer nada se não estiver de acordo com o Ministério da Saúde, da Secretaria de Planejamento, do Conselho Municipal de Saúde, que está sendo um parceiro extremamente importante para a saúde de Cuiabá, então será tudo feito dentro de um cronograma, toda esta parte de transição”, explicou.

A nova unidade do Pronto Socorro, do HMC, possui heliporto, para casos de extrema emergência, e lá, como em todo o hospital, o ar condicionado é automatizado (evitando a interrupção do ar refrigerado), macas e equipamentos de última geração, laboratório próprio, desinfecção 24h, entre outros serviços de alta qualidade.

“Quando o prefeito determinou, nós viemos para cá muito desacreditados por muitos aí fora, porque muita gente torceu pelo pior, o Dr. Felipe foi um que abraçou a causa, está desde o começo aqui conosco, trabalhando arduamente, e o resultado está aí, é uma equipe que está coesa, comprometida, dando resultado”, disse o diretor do HMC.

 

Deixe uma resposta