Em Campo Novo, mulher que teve as mãos decepadas pelo marido pede ajuda para sobreviver

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Olhardireto

Desde que sofreu violência doméstica, há mais de dois anos, a mato-grossense Geziane Buriola da Silva – que teve as mãos decepadas pelo marido – luta para sobreviver. Ela, que era diarista, não consegue mais trabalhar, e recebe apenas um salário mínimo de benefício. Teve que sair da casa onde vivia, já que foi lá que passou pelo trauma, e hoje mora pagando aluguel, depois que uma amiga com quem morava ‘de favor’ foi embora. Ela pede ajuda para conseguir sobreviver, enquanto não junta dinheiro suficiente para comprar próteses.
Geziane morava em Campo Novo dos Parecis na época do crime, que aconteceu em 10 de abril de 2017. Hoje, ela não consegue trabalhar, e ganha somente um salário mínimo (R$ 998) do governo. Deste dinheiro, R$ 300 ela dá para ajudar no cuidado com seus dois filhos, de 13 e oito anos, que vivem com os avós, outra parte vai para o aluguel da casa onde mora. Ela ainda precisa pagar R$ 900 da parcela da casa onde vivia com o ex-marido – que está alugada, mas por um valor menor. Além disso, há as despesas com luz, água e alimentação.

A mato-grossense ‘se vira como dá’. Ela consegue fazer algumas atividades de casa, mas tem dificuldades para, por exemplo, pentear os cabelos, escovar os dentes e se vestir – o que, hoje, só consegue com ajuda.

Ela chegou a ganhar uma prótese de plástico logo após o crime, mas não era funcional, e logo quebrou. “Ela não tem movimento, é um plástico seco, e conforme abre o braço, ela vai fechando”, lembra.

Hoje, ela luta para conseguir novas próteses e, com isso, ter de volta sua independência. A nova prótese funciona a partir de comandos do cérebro. Voluntários da cidade de São Paulo criaram uma ‘vaquinha virtual’, que já conseguiu arrecadar R$96.900,00, da meta de R$112.322,00.

O dinheiro será usado para pagar as próteses (R$95 mil), três luvas de silicones no valor de R$1500 cada uma, que são essenciais para proteger a peça em casos de lavar uma louça, por exemplo, e a porcentagem do site de arrecadação. O orçamento feito é do modelo Myofacil, da marca Ottobock, com a empresa Propedia Órteses e Próteses de Cuiabá (MT).

Além da prótese, ela também pede doações para conseguir pagar as contas, com dinheiro ou cestas básicas. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato pelo telefone (65) 908462-7121 ou doar pela conta da Caixa Econômica Federal, Agência 3439, Operação 013, Conta Poupança 000.000.027.141-9.

A mulher sofreu laceração em ambos os braços, inclusive perdendo dedos das mãos. Devido a gravidade das lesões, as duas mãos da vítima tiveram de ser amputadas. A cabeça da vítima também foi atingida pelo marido e tem várias lesões profundas, causadas pelo facão.

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