Lideranças indígenas aprovam nova Escola Padrão

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ideranças indígenas repercutiram positivamente a criação da Escola Padrão Indígena, desenvolvida pelo Governo Mauro Mendes. Durante a apresentação do projeto, nesta terça-feira (18.01), no Encontro de Diretores das Escolas Estaduais Indígenas, em Cuiabá, os participantes ficaram entusiasmados com os novos prédios que substituirão os atuais.

O encontro, realizado no Hotel Fazenda, em Cuiabá, termina nesta sexta-feira (21). Durante a apresentação, as lideranças da etnia Xavante fizeram uma manifestação na linguagem nativa e todos concordaram com o projeto.

A professora Marcelina Ro’oniwe, diretora da Escola Estadual Indígena (EEI) Aldeona, de Nova Xavantina (a 645 quilômetros a lesta da Capital) classificou o projeto como “interessante”, pois há muitos anos a comunidade indígena aguarda os novos prédios. “Muito bom mesmo ter escola nova”, observa.

Marcelina lembra que a Escola Aldeona tem 10 salas anexas que também fazem parte do projeto. “Nesse momento, toda a comunidade está muito contente mesmo com a Seduc. É um projeto muito bom para toda a comunidade indígena de Mato Grosso”, comemora a diretora.

O diretor Elias Nomotse, da EEE Rãi Rãte, também de Nova Xavantina, tem a mesma avaliação sobre projeto. “Agradecemos a Seduc, pois a nova escola será planejada conforme a nossa cultura. Vai melhorar muito, muito”, festeja. A Rãi Rãte tem 14 salas anexas e atende a cerca de 500 alunos indígenas Xavante.

A assessora pedagógica de Campinápolis, Miriam Lagares, que atende a 10 escolas – sendo nove indígenas -, também comemora o projeto da Escola Padrão Indígena.

“É a realização de um sonho. A praticidade de chegar e montas as salas de forma rápida, toda estrutura pensada é perfeita. O destaque mesmo é que vai atender a todas as comunidades indígenas”, ressalta.

A Assessora explica que o projeto mexeu com a esperança de todos, pois construir a sala anexa no mesmo padrão da escola sede é um sonho. “Um sonho que virou realidade”, define.

O diretor Nilson do Carmos Kayabi, da EEI Juporijup, no município de Juara (a 709 quilômetros a médio-norte da Capital), que tem cinco salas, aponta esse projeto como um dos maiores desafios da Seduc. “O governo demonstrou interesse na educação indígena. Com esse projeto, todas as comunidades indígenas ganham. Nossa, será tudo para nossas salas anexas que hoje nem podemos considerar salas”, ressalta.

Outra entusiasta do projeto é a diretora Janesmar João, da EEI Myhyinymykytee Skiripi em Juína (a 735 quilômetros a noroeste da Capital). “Esse projeto é, acima de tudo, respeito não só pelos povos indígenas como pela individualidade, uma vez que temos um projeto global, mas que serão adequados às aldeias e às etnias. O princípio básico da educação indígena é o respeito da diversidade e à sua especificidade. E o projeto contempla isso”, frisa.

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