Mais de 25% dos mortos por covid-19 no Brasil têm menos de 60 anos

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Há 1 padrão nos países com mais casos de covid-19 e dados confiáveis à disposição: a maior parte das mortes causadas pela doença é de pessoas acima de 60 anos. No Brasil, 27% das vítimas está abaixo dessa faixa etária.

É a taxa mais alta entre os 5 países com dados analisados pelo Poder360. Os números seguem a mesma tônica do levantamento anterior.

Brasil e Estados Unidos são os 2 países com mais mortos pela covid-19. Ambos se destacam pela quantidade mais elevada de jovens vítimas da doença, quando comparados com países europeus.

Os infográficos ao fim deste texto explicam o principal motivo: tanto Brasil quanto os EUA têm uma população proporcionalmente mais jovem que a das outras nações consideradas.

BRASIL 🇧🇷

No país, pessoas com mais de 60 anos representam 72,9% das mortes (4 MB). A taxa aumentou, em agosto. Subiu 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior. As estatísticas de casos escondem grande subnotificação, como já reconheceu o Ministério da Saúde.

Na comparação com Itália, EUA, Reino Unido e Suécia, o Brasil tem, disparadamente, a maior taxa de mortes de pessoas com até 29 anos (1,8%).

ITÁLIA 🇮🇹

A nação tem quase ⅓ da população idosa. A taxa de mortalidade de 13,8% dos infectados (1.021 KB), no entanto, é considerada irreal, também devido à subnotificação. O país europeu, apesar de ter sido o 1º fortemente afetado depois de o vírus se disseminar a partir da China, está em situação mais confortável, com média abaixo de 300 casos e 10 mortes por dia.

EUA, REINO UNIDO E SUÉCIA 🇺🇸🇬🇧🇸🇪

Há menos dados disponíveis sobre internações ou estado de saúde dos infectados em acompanhamento nesses países. A tendência é a mesma das nações citadas acima: a grande maioria das vítimas é de idosos.

PIRÂMIDE ETÁRIA

Os infográficos abaixo mostram que o Brasil tem, proporcionalmente, menos idosos do que países que lideram a lista de casos registrados de covid-19. Apesar disso, são 28,7 milhões de brasileiros nessa faixa etária, contra 17,8 milhões de italianos, por exemplo. Ou seja: há no Brasil vasta população em idade de maior risco para a doença.

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