“Há resistência de alguns venezuelanos para deixarem as ruas em Cuiabá”, esclareceu Márcia Pinheiro

A prefeitura faz um trabalho de conscientização com o projeto denominado "Quero te conhecer imigrante" oferecendo casa e assistência social

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A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro esclareceu que nenhuma família de imigrantes, a maioria, venezuelana está em situação de rua, ou seja, não precisam ficar nas rotatória nas esquinas da capital usando seus filhos para pedir ajuda financeira e emprego. As declarações de Márcia Pinheiro ocorreram, na última quinta-feira (11), durante sua participação no programa Opinião que é apresentado pelo jornalista Paulo Coelho e comentado pelo cientista político e professor Louremberg Alves.  “Há uma certa resistência por parte de alguns venezuelanos, que mesmo reiterados dos riscos retornam às rotatórias e pontos nas esquinas de ruas da nossa capital”, justificou.

Márcia respondeu a questionamentos dos telespectadores, incluindo a situação dos imigrantes em Cuiabá. Conforme a primeira-dama, as famílias de imigrantes resistem ao atendimento da prefeitura de Cuiabá e preferem se exporem nas ruas e ao mesmo tempo colocam a saúde e a integridade física dos filhos menores em risco. “Todas essas famílias não estão em situação de rua, possuem uma moradia cedida e estão recebendo atenção e acolhimento municipal e estadual, já que o estado também tem acompanhado a tratativa junto aos imigrantes”, afirmou Márcia.

Ela respondeu ainda, que o Município atua em parceria com o Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude e o Ministério Público da Infância e Juventude. Márcia observou ainda, que o Estado tem feito a sua parte. De acordo com ela, os Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) e Conselhos tutelares são referências no atendimento aos imigrantes.

“São as unidades de onde são realizadas as ações de abordagem de forma contínua, nos principais pontos de concentração desse público, visando sensibilizar e orientar as famílias quanto aos riscos gerados com a exposição de menores”, afirmou Márcia.

Entretanto, muitos deles alegam a falta de regularização dos documentos que são feitos pela Polícia federal e demais órgãos municipais e estaduais. Enquanto, eles não encontram solução para terem emprego ou renda, vão se virando como podem, pedindo dinheiro nas esquinas, buscando trabalho ou vendendo algum produto para obterem recursos para o sustento das famílias.

Em maio do ano passado, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência realizou ações que resultaram na sensibilização de quinze famílias imigrantes que residem na Capital, sendo 42 adultos, 33 crianças e adolescentes e 03 idosos, totalizando 78 pessoas sensibilizadas.

Desse montante, dez aceitaram serem conduzidas para as residências para reintegração familiar a fim de identificar os endereços e encaminhar para as unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de abrangência para inclusão nos programas sociais. Após verificação in loco, foram concedidas treze cestas básicas repassadas pelo Fundo Social da Cidadania e oito máscaras distribuídas.

As famílias correm sérios riscos de contaminação ao vírus da covid-19. Além da prefeitura, a Pastoral dos Imigrantes é outra unidade de referência nesse tipo de atendimento em parceira com a prefeitura de Cuiabá. O trabalho de conscientização deverá ser retomado nos próximos dias por meio do projeto denominado “Projeto Quero te Conhecer Imigrantes” coordenado pela secretária de Assistência Social, Hellen Ferreira.

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