Vereadora propõe concurso público para farmacêuticos

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A vereadora Michelly Alencar (DEM) defende a realização de concurso público para a contratação de farmacêuticos na rede pública de saúde de Cuiabá. A parlamentar fez indicação à Prefeitura e vai propor uma emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias para garantir o certame.
 
Cuiabá tem uma defasagem desses profissionais no sistema de saúde. Conforme a Lei Federal 13.021/14, é obrigatória a presença de farmacêuticos em toda unidade em que há entrega de medicamentos a pacientes. No entanto, a capital tem apenas cerca de 30 farmacêuticos para atender as mais de 60 unidades básicas de saúde, o laboratório central, as policlínicas e UPAs.
 
A proposta da vereadora foi idealizada depois da fiscalização feita por ela e outros vereadores ao Centro de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), quando foram encontrados milhares de medicamentos vencidos.
Presidente do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT), Iberê Ferreira da Silva, ressalta a importância desses profissionais no sistema público de saúde para evitar desperdício de dinheiro.
 
Em reunião com a vereadora, ele explicou que o farmacêutico é imprescindível em todo processo em que envolve medicamentos, desde a seleção, compra e dispensação ao paciente. “Sem esse profissional, como vocês viram recentemente, é comum ter erro e desperdício de dinheiro público”, afirmou.
 
A vereadora afirmou que essa classe profissional pode contar com o apoio dela para lutar pela abertura do concurso. “Essa é uma luta que vai beneficiar o sistema de saúde da nossa capital, que vai ter um impacto direto na vida do cidadão. É uma causa justa e que vai melhorar o atendimento aos pacientes”, afirmou.
 
Iberê agradeceu o empenho da parlamentar e a defesa dessa causa. “É Importante esse movimento que está sendo proposto, é uma forma de cobrar a presença desses profissionais em toda a rede de saúde, desde o planejamento de compra, armazenamento, até a dispensação. Todo esse ciclo envolve técnicas que são aprendidas no curso de farmácia, esse profissional não pode ser substituído por de outra área”, explicou.

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