Cachaça Sucuri – 25 anos: Um alambique artesanal que se tornou referência regional
Em 2025, um dos alambiques mais tradicionais de Mato Grosso, a Cachaça Sucuri, celebra um marco especial: 25 anos de história. Nascida da paixão e tradição da família Zanin, a bebida produzida em Comodoro, na divisa com Vilhena (RO), se tornou um símbolo de qualidade e autenticidade em uma região conhecida pelo agronegócio de larga escala. Mais do que uma simples bebida, a Sucuri representa a persistência de um sonho e a valorização do processo artesanal em cada garrafa.
A história da Cachaça Sucuri começou no interior de Santa Catarina, onde o patriarca João Zanin, ainda criança, observava seu pai no alambique, produzindo cachaça para o consumo familiar. Em 1999, já morando em Vilhena, João decidiu seguir a tradição familiar e fundou o Rancho Sucuri, inaugurando a produção e comercialização da cachaça no ano seguinte, em 2000. O nome inusitado da bebida, que remete à fauna amazônica, foi inspirado na aparição de uma cobra sucuri na propriedade, uma coincidência que se tornou a marca registrada da empresa.
Com capacidade de estoque de 30 mil litros por safra, a cachaça mais famosa da região. Apesar da propriedade estar localizada em terras do Mato Grosso, o vínculo com Vilhena é muito mais forte, pois é onde ele reside e tem a cidade como base de referência. É de Vilhena que a Cachaça Sucuri é distribuída para pontos de venda em Ariquemes, Porto Velho, Mato Grosso, São Paulo, Curitiba e outras cidades e Estados. Mas o empresário tem conhecimento que sua bebida é vendida também em outros locais, como Florianópolis e até mesmo no exterior: “já me disseram ter encontrado a Sucuri à venda até na Argentina”, relatou.
O alambique da Cachaça Sucuri é um exemplo vivo da produção artesanal de alta qualidade. Todo o processo, desde o plantio e a colheita da cana-de-açúcar na propriedade da família até o envelhecimento da bebida, é feito com rigoroso controle e dedicação.
A cachaça é envelhecida em barris de carvalho, garantindo um sabor único e complexo, sem a adição de corantes ou conservantes. A produção em pequenas bateladas permite um cuidado especial com cada etapa, resultando em uma bebida que conquista o paladar de quem a experimenta.
“O segredo da nossa cachaça está na paciência e no respeito pelo tempo”, explica João Zanin. “Não buscamos grandes volumes. Nossa meta é manter a qualidade e a tradição que aprendemos com o nosso pai”, cita.
Mercado e Reconhecimento
Embora a produção da Cachaça Sucuri seja de pequena escala, seu mercado é sólido e regional, atendendo principalmente aos apreciadores da bebida em Mato Grosso e Rondônia. A autenticidade e o sabor diferenciado da cachaça a tornaram um produto de culto entre os conhecedores, atraindo não apenas consumidores, mas também turistas que visitam o rancho para conhecer o alambique e a história por trás da bebida.
O Alambique da Cachaça Sucuri é um dos poucos registrados no estado de Mato Grosso e se destaca como um dos principais alambiques de Mato Grosso, mostrando a força da produção artesanal no interior do Brasil. A Cachaça Sucuri é mais do que uma bebida; é a representação do trabalho, da paixão e da história de uma família que, há um quarto de século, se dedica a honrar uma tradição e a produzir um destilado que é puro orgulho mato-grossense.