“Não precisa de PEC para integrar os Estados”, disse Mauro Mendes ao reafirmar ações de MT o contra crime organizado
Em entrevista para a Rádio e TV Band News, na manhã desta terça-feira (3), em São Paulo, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), voltou a defender a megaoperação no Rio de Janeiro e criticar a legislação brasileira, no combate à criminalidade, em especial, aos grupos de facções, que dominam o país. Ele rejeitou a proposta de aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição, para integrar as forças de segurança dos Estados, ao governo federal e disse que, a megaoperação serve de exemplo aos demais estados.
“A insegurança pública é o que atormenta a população no país. Precisamos que as nossas autoridades federais produzam no congresso nacional, um instrumento mais eficiente para combater a criminalidade, diante de um código penal de 1940”, argumentou o governador.
Segundo ele, o pais avançou e as leis são as mesmas há décadas. “Temos um código penal com remendos, mas muito distante da atual realidade brasileira. Aprovaram a reforma tributária que penaliza os estados em tempo rápido se não fazem para o sistema penal é porque não querem”, avaliou Mendes.
Diante da ineficiência do congresso nacional, o governador afirmou, que a ação do governador Cláudio Castro serve de inspiração aos demais estados que enfrentam os grupos de facções criminosas. “Espero que essa reação da polícia no Rio de Janeiro possa inspirar e a reação da opinião pública mostra que a opção é fazer o que foi feito”, disse Mendes.
De acordo com ele, a sensação de impunidade é um dos fatores para o avanço da criminalidade no país. “Pela benevolência das nossas leis e atitudes de algumas autoridades que trata criminosos como majestades que a população não aguenta mais e apoia as ações no Rio de Janeiro”, observou o governador de Mato Grosso.
Mauro Mendes é a favor de tipificar as facções criminosas como terroristas. “Todos os dias esses grupos matam e dominam comunidades pelo medo e de forma violência. Isso é ou não é terrorismo? “, questionou Mendes.
A influência das facções criminosas nas eleições também foi criticada por Mauro Mendes, ao citar casos de políticos cassados por relação com o crime organizado em Mato Grosso. “A relação do crime com vários setores só aumenta e já sabemos de políticos cassados em Mato Grosso por ligações comprovadas o crime organizado para se eleger. Precisamos reagir contra isso”, afirmou Mauro Mendes.