Cuiabá e a força do municipalismo: Uma mensagem aos mato-grossenses

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Diante do inegável descontrole emocional do governador Mauro Mendes em meio a uma pandemia que exige dos gestores conduta de estadista, equilíbrio, serenidade e principalmente, por respeito à população de Cuiabá, torno pública a seguinte posição: daqui por diante, não responderei  mais pela imprensa aos ataques de cunho pessoal que tenho recebido do governador. Minha reação a essas agressões se dará exclusivamente no âmbito da Justiça, feita por meio de uma representação para enquadramento na Lei de Contravenções Penais perante o Ministério Público Federal e outras que se fizerem necessárias.

Basta uma rápida pesquisa na internet para constatar que tenho sido alvo de ataques pessoais e que apenas tenho reagido a tais insultos. Mas nunca com palavras ultrajantes ou descontextualizadas. Jamais baixei o nível. Sou consciente da responsabilidade e comportamento que o meu honroso cargo exige.

Pessoalmente, não posso aceitar que palavras de baixo calão sejam associadas insistentemente à minha pessoa. Menos ainda na condição de prefeito da capital, na qual represento legitimamente o conjunto da população.

Entendo que é hora de todos os poderes, instituições, órgãos de controle e sociedade civil organizada concentrarem esforços para enfrentar esse vírus que atinge o planeta. A união precisa ser mais que um slogan; hoje ela é uma necessidade.

Tenho sido o principal alvo do destempero do governador, mas agora ele amplia sua hostilidade a outros prefeitos, aos quais me solidarizo integralmente. Essa atitude desrespeitosa atrapalha nosso estado. A Constituição não garante discricionariedade a um gestor, esteja ele na dimensão de qualquer cargo, para que se sinta no direto de xingar outras autoridades.

Os prefeitos passaram a enfrentar enormes dificuldades no interior. Eles sabem que precisam mais que iniciativas pontuais para vencer os efeitos do novo coronavírus. E não encontram uma ação coordenada do executivo estadual. A sensação é que o governo está perdido, sem rumo. Essa ausência de articulação e de liderança impacta diretamente no sistema de saúde de Cuiabá, maior destino dos pacientes de outras cidades.

Infelizmente, o governo subestimou a pandemia e não se planejou para enfrentá-la em um estado de dimensão continental. A falta de leitos no interior é apenas um dos problemas que os municípios começam a enfrentar. Não se trata de listá-los aqui. Esse é um fato noticiado diariamente pela imprensa local e nacional, sem nenhuma coloração partidária.

Da parte da prefeitura de Cuiabá, temos respostas para cada um dos ataques disparados pelo governador. Aliás, os secretários utilizados nessa artilharia já admitiram em algum momento que podem concorrer à prefeitura da capital. Por isso, reiteramos que não é hora de disputa política. Para cada questionamento feito pela imprensa, temos apresentado a adequada prestação de contas, propositalmente ignorada pelo governo.

O governador tem muito a fazer para conter o avanço da Covid-19 no estado, principalmente no interior. Na minha opinião, está perdendo o bonde da história. Ao invés de liderar o enfrentamento de fato e, com vontade, o que exije os atributos de liderança, humildade e do diálogo, escolhe o caminho da insensibilidade e arrogância.

Precisamos de um líder que nos conduza com perspectivas e esperança a um Porto Seguro.

Nos momentos de crises é que nascem os estadistas. Infelizmente, em Mato Grosso em virtude de não querer e não saber liderar, nosso governante maior se esconde através da violência verbal baixa e rasteira, deixando aflorar sua personalidade soberba, medíocre e pobre de espírito.

Sem me abater, sigo trabalhando pela minha terra natal e por toda nossa gente. É destino da nossa tricentenária capital, servir ao Estado. Estamos pronto para somar e ajudar Mato Grosso.

Em Cuiabá, os desafios são imensos. Gastar energia com guerra política e vaidades pessoais não é apenas contraproducente. É um insulto a todos os mato-grossenses.

Portanto, conclamo a Associação Matogrossense dos Municípios (AMM) e a todos os prefeitos municipais que nos unamos e, através da força do municipalismo, façamos do |Estado de Mato Grosso uma só voz por aqueles que mais precisam.

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