Educação à distância mantém formação técnica em saúde em Cuiabá

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A pandemia do novo coronavírus mudou os hábitos dos brasileiros. Máscaras no rosto, distanciamento social e o uso de álcool em gel viraram rotina. Foi preciso se adaptar para manter relações pessoais, profissionais e, ainda, estudar de forma regular e segura. Em Cuiabá, escolas, cursos e universidades migraram do sistema presencial para a Educação à Distância (EAD). Afinal, o chamado “novo normal” trouxe novas regras para todo mundo.

O Centro Técnico de Ensino Mato-grossense (Cetem), que trabalha com a formação de técnicos na área da saúde, também mudou sua metodologia de trabalho tomando algumas providências para adaptação dessa nova modalidade.

“Investimos em tecnologia e capacitação de professores. Criamos um ambiente virtual que permite a interação garantindo a qualidade das aulas e aplicação do conteúdo. A maior dificuldade foi convencer os estudantes de que a metodologia digital funciona e de forma eficiente. Afinal, toda mudança causa, a princípio estranheza. Mas, posso assegurar que com comprometimento e disciplina é possível estudar e alcançar resultados, basta ver a quantidade de pessoas formadas mundo à fora que obtiveram seus diplomas através de cursos à distância, inclusive de graduação e pós-graduação”, explicou Devlin Bezerra diretor do Cetem.

Devlin aponta a baixa qualidade da internet disponível em Mato Grosso e o alto custo para aquisição de celulares, tabletes, computadores e notebooks com fator inibidor do crescimento dos cursos EAD.

“Acredito que o poder público deveria intervir nas duas frentes: facilitar a aquisição de tecnologia e exigir das operadoras de internet maior qualidade na prestação e serviço. Estou convencido de que mesmo no pós-pandemia as aulas on-line continuarão a fazer parte da vida dos estudantes em paralelo às presenciais; mesmo porque muita gente só voltará às salas de aula após receber a vacina contra o novo coronavírus.”

“O EAD não veio para acabar com as aulas presenciais, mas como ferramenta complementar de ensino que ganhou força em tempos de pandemia. Afinal, a formação de mão de obra não pode parar. O mundo precisa de profissionais e os profissionais precisam de qualificação para garantirem emprego e renda. Acredito que o contato direto entre alunos e professores, alunos e colegas, além da manipulação dos equipamentos usados no dia a dia profissional são essenciais à formação técnica na área de saúde, por isso desejamos que as aulas presenciais possam voltar logo e com segurança. Até lá, peço aos estudantes, de todas as escolas, que se dediquem às aulas on-line e aproveitem seus benefícios”, concluiu o diretor do Cetem.

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