Vereadores de Barão de Melgaço reprovam contas da prefeita e deixam ela inelegível

19

Os vereadores de Barão de Melgaço seguiram a recomendação do TCEMT pela reprovação das contas da prefeita Margareth Gonçalves (PSDB) e a deixaram inelegível para o projeto de reeleição que ela tinha como certo para as eleições deste ano. Foram 16 votos contra e 3 a favor das contas referente ao exercício de 2022, com várias irregularidades na aplicação do dinheiro público.  Margareth é a primeira mulher eleita e a primeira inelegível dentro do primeiro ano de mandato por irregularidades administrativas.

“Nós ficamos com 60 dias de prazo, pedimos mais 30 dias e em nenhum momento a prefeita ou seu representado foi até à Comissão de Orçamento e Finanças para saber se tínhamos dúvidas”, disse o relator vereador Denas.

Ele acrescenta que o parecer e toda as explicações e sustentações legais do seu parecer seguiu as recomendações do Ministério Público.

E afirmou que a prefeita simulou ou criou fontes de receitas sem de fato ter o recurso financeiro disponível. “A prefeita criou uma série de fontes de receitas sem de fato ter o dinheiro como receita corrente líquida”, explicou.

Ele ainda disse que a prefeita omitiu 28 cargos que não constavam no lotacionograma da administração da Prefeitura Municipal de Barão de Melgaço.

A prefeitura não tinha os cargos descritos no lotacionograma e fez contrato por nota. É uma irregularidade grave. A prefeita trocou os pés pelas mãos”, justificou seu voto e um dos convencimentos dos vereadores para rejeitarem as contas de 2022 da prefeitura.

Irregularidades gravíssimas

As principais irregularidades identificadas na análise de contas da Prefeitura de Barão de Melgaço foram: a abertura de créditos adicionais por excesso de arrecadação nas fontes 700 e 701, no valor de 840 mil, sem a devida disponibilidade financeira, em desacordo com a Constituição Federal e a Lei 4.320/1964.

“A prefeitura e seus auxiliares diretos de contas públicas também fizeram a repetição da prática de abertura de créditos adicionais por superávit financeiro sem disponibilidade financeira, verificada nos exercícios de 2021 e 2022″,  disse o vereador e relator das contas, Denas.

E houve ainda a  identificação de irregularidades classificadas como gravíssimas e graves, totalizando seis irregularidades de auditoria”, completa.

 

Fonte: Baixadacuiabananews

Deixe uma resposta