Em Nova Iorque, governador defende que países ricos compensem esforço por preservação

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O governador Mauro Mendes, que participa em Nova Iorque da Semana do Clima, defendeu que os países ricos e as grandes empresas compensem os Estados e países pela conservação do meio ambiente.

Mauro Mendes, que participou de três eventos nos Estados Unidos neste final de semana, já discursou e debateu com ministros, empresários, investidores, financiadores, cientistas e Ongs ambientais sobre a importância da preservação dos ativos ambientais para Mato Grosso.

“O Estado de Mato Grosso é hoje o maior produtor de proteínas animais e vegetais, e tem hoje a capacidade de produzir alimentos ao mesmo tempo em que preserva seus ativos ambientais. Nós temos hoje essa grande produção que poderá ser duplicada nos próximos 10 anos, mantendo 63% do nosso território preservado”.

“Eu gostaria que outras partes do planeta, como é o caso dos Estados Unidos, que é o maior player mundial em produção de alimentos, tivesse esse mesmo nível de produção com o mesmo nível de preservação que nós temos”, defendeu.

O governador ressaltou que o povo de Mato Grosso “tem absoluta consciência” sobre os fenômenos que envolvem o  aquecimento global e que o grande desafio do planeta, nesse momento, é a preservação”.

“Nós estamos dispostos a fazer a nossa parte. O Estado tem esse grande compromisso, que é importante, de produzir alimentos com sustentabilidade. Estamos aqui para ratificar isso, o nosso compromisso de caminhar na preservação e estamos tomando medidas importantes para que isso aconteça. Estamos trabalhando com mecanismos para combater primeiro todo e qualquer desmatamento ilegal que possa acontecer em nosso Estado”, disse.

O governador explicou nos eventos que Mato Grosso já adquiriu um sistema moderno de monitoramento, em parceria com o banco alemão KFW, que permite que todo e qualquer desmatamento superior a meio hectare seja detectado em tempo real. “Temos condições de detectar e de punir”, destacou.

Contudo, na avaliação de Mauro Mendes, só isso não é suficiente para proteger o meio ambiente. “Uma estratégia de desenvolvimento não pode estar alicerçada apenas na repressão. Temos que criar mecanismos para que o desenvolvimento sustentável tão pregado no mundo de hoje realmente aconteça, como forma de proteger as nossas florestas”.

“Precisamos que o mundo e os países ricos compareçam, não apenas em nosso Estado, mas em toda região de floresta tropical, fazendo a sua parte. Dando as contrapartidas financeiras já pactuadas e que até o momento não foram realizadas. Nós gostaríamos que isso também acontecesse”, ressaltou.

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