Motoristas de aplicativos param atividades nesta quarta-feira (17) em Cuiabá

Eles querem que o governo contribua com a redução do ICMS sobre os combustíveis nos postos em Mato Grosso

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Aplicativos de todo o país se organizam por um movimento de protesto pela redução dos combustíveis, que deverá ser aumentado pela quinta vez neste ano. Eles cobram ainda, a participação dos governos estaduais para redução do Imposto Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) nos produtos. Em Cuiabá, cerca de 4 mil motoristas de aplicativos Uber e 99 aderiram ao movimento nacional e paralisarão suas atividades, durante todo o dia desta quarta-feira (17).

De acordo com Flávio Mesquita Moraes da Silva, conhecido como Kiko dos Guerreiros, que é o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos, também chamados de “Guerreiros” reuniu os motoristas ao longo da Avenida do CPA em frente a Praça das Bandeiras para uma carreata nesta manhã por todo o centro da cidade numa forma de chamar atenção do governo estadual para apoiar o movimento. “Estamos parando porque não temos como levar o sustenta das nossas famílias para casa e ainda sem o apoio do governo que não vai baixar o imposto do combustível para toda a sociedade ser beneficiada. Hoje paramos as atividades”, justificou Kiko.

A categoria é representada por 13 mil motoristas registrados na associação, mas apenas 4 mil atuam de forma efetiva e o restante conforme seus interesses ou condições de trabalho pelo fato de terem outras atividades paralelas aos aplicativos. Kiko faz críticas aos aplicativos que também não estão sensíveis aos causas dos profissionais mato-grossenses.

“E outro sofrimento. Atualmente a Uber Promo e a 99 Poupa nos obrigam a fazer viagens de até 12 quilômetros para pagar R$ 2,95. Se um veículo que faz seis quilômetros com um litro de combustível logo vai abastecer 8,40  e recebe 2,95”. Estamos pagando pra trabalhar, fica difícil, explicou.

Diego Barros da Uber e do 99 avaliou que a situação está abusiva sobre os profissionais que não conseguem o mesmo lucro do início da atividade há mais de dois anos na capital. “Temos um lucro muito baixo para levar para casa e ainda temos despesas com o carro no sentido de atendermos os passageiros com qualidade e sobra pouquíssimo para a nossa família”, argumentou Diego.

Segundo ele, a alta dos combustíveis é uma ameaça à categoria que está cada dia mais enfraquecida. “Não estamos conseguindo trabalhar para servir a sociedade que precisa de um transporte com atendimento de qualidade, acabou a qualidade com essas promoções de viagens e além disso, a alta dos combustíveis”, criticou Diego.

 

 

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